Reunir a família para fazer mercado é dica para poupar e resistir à crise
Recebi esse desabafo de uma aluna do Curso de Educação Financeira da NoFront, plataforma onde desenvolvo cursos de finanças a partir de músicas de rap. A cada estatística sobre a situação econômica do país, percebo que milhões de pessoas se encontram na mesma situação que essa aluna, por isso decidi compartilhar esse relato e algumas dicas para reverter esse cenário.
Em primeiro lugar, é importante compreendermos o quanto a nossa situação financeira individual está conectada com o contexto macroeconômico: estamos vivendo reflexos diretos da recessão econômica no nosso país. Recessão econômica é o termo utilizado para falar do movimento de “encolhimento” de uma determinada economia.
No caso do Brasil, não restam dúvidas, tivemos nesta semana o anúncio da maior queda no PIB (Produto Interno Bruto) desde 1996, totalizando uma retração econômica de 4,1% no ano de 2020.
Isso tudo significa que está cada dia mais difícil para a população viver com dignidade. Estamos imersos numa crise econômica, com péssimos governantes tomando decisões importantes, que afetam diretamente o seu bolso.
Todo esse contexto é extremamente importante para compreendermos a educação financeira como uma estratégia de sobrevivência nesses tempos. Precisamos nos organizar financeiramente para sobreviver a essa crise com saúde física e mental, mas esse processo não pode ser permeado pela culpa.
Por isso, eu deixo aqui algumas dicas para a minha aluna, que eu realmente espero que também ajudem você:
1. Não se culpe. Estamos vivendo uma crise econômica sem precedentes na história. A prioridade nesse momento é a sobrevivência.
2. Faça um levantamento total das suas dívidas, para evitar novos endividamentos desnecessários e tentar negociar taxas de juros menores.
3. Procure reunir parentes ou famílias próximas e comprar itens essenciais, como papel higiênico, produtos de limpeza e alimentos não perecíveis, em supermercados de atacado. Talvez não pareça, mas essa estratégia pode ajudar a economizar com supermercado.
4. Não perca sua saúde mental nem sua autoestima por causa das dívidas. O endividamento é uma característica do sistema em que vivemos. Você não deve se julgar moralmente por ter pendências financeiras, e sim elaborar um plano de pagamento das suas dívidas.
5. A pandemia ainda não acabou. A prioridade nesse momento deve ser manter a saúde e a vida. De outra forma, não teremos economia nenhuma para debater. Mantenha-se viva (o)!
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