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O que fazer quando você está apertado e a única saída é pegar empréstimo?

No último mês, a poupança obteve recorde de saques para o trimestre, totalizando um saldo negativo de R$ 3,524 bilhões. De acordo com o Banco Central, esse é o terceiro mês seguido em que a poupança apresenta um volume de saques maior do que o volume de depósitos, totalizando a maior retirada de recursos da poupança no trimestre desde 2016. Isso significa que muitas famílias estão precisando utilizar suas reservas financeiras, diante da crise econômica que se alastra.

Ao mesmo tempo, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas em março atingiu 67,3%, o segundo maior patamar dos últimos 11 anos.

A base da organização financeira consiste na busca pelo equilíbrio entre o quanto se ganha e o quanto se gasta. Contudo, no contexto de crise econômica em que vivemos, esse equilíbrio está cada dia mais ameaçado, empurrando as famílias, indivíduos e empresas para o endividamento.

É evidente que a tomada de crédito deve ser evitada ao máximo, sobretudo em momentos de crise econômica. Mas quando o endividamento é inevitável, existem alguns conhecimentos simples que podem ajudar na busca pela melhor opção de crédito. Por esse motivo, listei algumas dicas importantes sobre como proceder quando a única opção é pegar um empréstimo.


1. Entenda as taxas de juros


O site do Banco Central publica mensalmente dados sobre as taxas de juros médias praticadas pelas instituições financeiras. Neste link é possível encontrar as taxas de juros praticadas pelo mercado em cada tipo de concessão de crédito e comparar as taxas entre as instituições financeiras.


2. Conheça seus direitos


Encontrou uma instituição que trabalha com taxas de juros menores? Saiba que todas as pessoas têm o direito de transferir gratuitamente suas dívidas de um banco para outro. Por exemplo, se você possui um empréstimo imobiliário em uma instituição com taxas de 8% ao ano e encontra uma instituição que aprova o mesmo crédito a uma taxa de juros de 5% ao ano, você pode solicitar a portabilidade da sua dívida e economizar bastante.


3. Faça um diagnóstico completo das suas dívidas


Antes de recorrer a novos empréstimos, é muito importante fazer uma listagem completa das dívidas já contraídas. Sem esse levantamento, as soma das dívidas podem estrangular o orçamento, criando o famoso efeito bola de neve.


4. Cuidado com o cartão de crédito e o cheque especial


O cartão de crédito e o cheque especial possuem as maiores taxas de juros do mercado. São créditos que devem ser utilizados com muita cautela, para evitar dificuldades financeiras. Pesquise suas opções e procure segurar todos os gastos opcionais.

Precisamos sobreviver a essa pandemia com saúde mental, por isso não deixe as dívidas roubarem o seu sono. Não há demérito em contrair dívidas, o importante é buscar informação para não cometer erros que custem muito caro.

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