1- Endividamento

Segundo o levantamento, divulgado em julho, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78% das famílias brasileiras estão endividadas e 29% estão com contas atrasadas. As altas taxas de juros, problemas com o desemprego, inflação e falta de conhecimento financeiro, por exemplo, são as causas para o endividamento. Muitas dessas famílias caíram na inadimplência utilizando o cartão de crédito e o cheque especial para comprar alimentos, diante do aumento de preços. Devolver o poder de compra da população é fundamental para recuperar o crescimento da economia e devolver a dignidade para os lares brasileiros.

A inflação no preço dos alimentos impactou drasticamente na quantidade e na qualidade da comida no prato dos brasileiros. De acordo com estudo publicado em setembro deste ano pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), 15,5% dos domicílios estão com pessoas passando fome no país, o que corresponde a 33,1 milhões de pessoas. As políticas de transferência de renda, como foi o Bolsa Família, ajudam a solucionar esse problema e precisam ser priorizadas na pauta econômica do próximo mandato. O programa que temos no atual governo é o Auxílio Brasil, que paga um valor mensal de R$600,00 vigente até dezembro de 2022, e que ainda não há orçamento aprovado para mantê-lo em 2023, quando irá retornar ao valor de R$400,00. 

3- Desemprego

Uma pauta a ser priorizada com urgência, inclusive como uma solução para os problemas anteriores, é o aumento dos postos de emprego formal e digno. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra dos Domicílios (Pnad) Contínua, cerca de 39 milhões de pessoas estavam ocupadas no mercado de trabalho informal no último trimestre, que é uma condição onde o trabalhador não conta com previsibilidade de renda, muito menos direitos trabalhistas. É fundamental garantir acesso ao trabalho com carteira assinada, e também destinar investimentos para os pequenos empreendedores, para que possam gerar renda e ter alguma estabilidade financeira. 

4- Inflação

Basicamente, o descontrole da inflação é o grande causador de problemas como o aumento drástico no preço dos alimentos, dos combustíveis e da eletricidade, que reduziu o poder de compra da população, principalmente de quem ganha menos e compromete a maior parte da renda com itens de consumo essencial. O governante precisará criar políticas que controlem a inflação nesses setores, além de prezar pelo cuidado com as questões climáticas e ambientais, com planejamento para gestão de crises como a hídrica/energética, por exemplo. 

Como deu pra observar, todos os pontos apresentados estão muito interligados, e passam fundamentalmente pelas decisões que são tomadas no campo político. Isso reforça o que a gente vem dizendo desde a criação da NoFront, que política e economia caminham juntas, e por isso precisamos nos apropriar desses conhecimentos para buscar melhores condições de vida nessa sociedade.

A economista Gaby Chaves trocou uma ideia sincera sobre as eleições 2022, logo depois do primeiro turno, lá no nosso podcast Cores e Valores. Contamos com a participação super qualificada da Bia Mendes, gestora de políticas públicas e mestranda em Ciência Política, que trouxe contribuições riquíssimas para o debate. Você pode ouvir na sua plataforma de áudio favorita, compartilhar com seus amigues e familiares. OUÇA AQUI!

Vamos em frente com esperança de dias melhores, sem perder a visão crítica!!