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Como sair das dívidas, dicas da economista Gaby Chaves

O número de pessoas endividadas não para de crescer no Brasil. De acordo com o Mapa de Inadimplência do Serasa, o país registrou 67,98 milhões de inadimplentes em agosto deste ano, um crescimento de 9% desde agosto de 2021. Desse total, 28,82% têm dívidas no cartão de crédito, cheque especial, empréstimo ou financiamento bancário – o restante tem contas de água, luz e gás e prestações de lojas, entre outras, em atraso.

Quando fazemos o recorte de gênero e faixa etária, os dados demonstram que as mulheres e os jovens são os mais afetados. A taxa geral do crescimento da inadimplência, que é de 9% para o país, sobe para 15% no grupo de 18 a 25 anos, taxa maior do que todas as outras faixas etárias, o que significa que os mais jovens são os que estão se endividando mais: são 8,8 milhões com contas atrasadas segundo o Serasa. Veja o que a nossa economista Gaby Chaves comentou sobre esse assunto no Jornal Hoje (Rede Globo):

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Já no caso das mulheres, uma pesquisa da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo demonstrou que 8 em cada 10 mulheres estão endividadas, o que significa 80,9% ao lado de 78,2% para os homens, aumento de quase 6% com relação ao mesmo período do ano passado. Desse número, 85,6% das dívidas são no cartão de crédito. Esse fenômeno envolve algumas questões, como a desvalorização salarial das mulheres, o número de dependentes e o aumento de preço nos itens básicos, como explicou a Gaby explicou no jornal Bom Dia Brasil (Rede Globo):

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Além das questões estruturais da conjuntura político-econômica do país, a falta de educação financeira também é um fator predominante quando o assunto são as dívidas. É muito importante adotar, principalmente em contextos de crise, estratégias para driblar o endividamento, ou diminuir os seus impactos negativos de maneira inteligente, com planejamento. Por isso preparamos 5 dicas que vão te ajudar a encarar as dívidas, e voltar a dormir com tranquilidade de novo.

Dica 1- Faça o levantamento completo das dívidas

Eu sei que às vezes é doloroso encarar certos problemas, mas no caso das dívidas, aquele ditado ‘‘o que os olhos não veem, o coração não sente’’ é muito prejudicial, por que mesmo se você não olhar, o branco vai cobrar, e com juros. Então a dica aqui é: respira fundo e vai. Anote todas as suas dívidas (cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal, boletos em atraso, mercadinho da esquina…) e encontre o valor total do montante. Neste processo, se for possível, anote qual é o valor original da dívida, quanto você já pagou e quanto você ainda precisa pagar. Isso evita um grande erro que é negociar as dívidas isoladamente, sem levar em consideração o valor total.

Dica 2- Substitua a culpa pela responsabilidade

Agora que você já fez o cálculo e entendeu quanto você deve e para quem, pode ser que role uma bad, um sentimento de culpa ou mesmo ansiedade. Tenta acalmar seu coração, lembra que essa é a condição da maioria das famílias brasileiras atualmente, e não uma questão individual sua, mas que tem coisas que você pode fazer para amenizar o problema. A partir do levantamento já feito, vamos entender as prioridades e desenhar um planejamento para que o status de ‘‘inadimplente’’ seja temporário, certo? Para isso, vamos precisar substituir a culpa pela responsabilidade, criar um plano realista e coerente com a sua realidade e construir um lugar de segurança financeira para não precisar se endividar novamente.

Dica 3- Entenda como priorizar as dívidas

Na hora de escolher a ordem de prioridade das dívidas, recomendamos que você identifique as que têm juros mais altos, ou seja, as dívidas que crescem mais rápido quanto mais tempo se deixa de pagar. Geralmente o cartão de crédito e cheque especial são os grandes vilões nesse quesito: a taxa de juros média do cartão de crédito é 355% ao ano. Isso quer dizer que deixar de pagar a fatura ou efetuar o pagamento mínimo, pode iniciar uma bola de neve que vai dar muita dor de cabeça lá na frente. Outra recomendação é que você priorize o pagamento dos pequenos comerciantes e trabalhadores autônomos, pois estes são bem menos resistentes ao calote do que os bancos, por exemplo. O mercadinho da esquina, a manicure, o encanador, e demais trabalhadores que vivem de ganhos diários, também devem ser pagos primeiro.

Dica 4- Sustento em primeiro lugar

Sabe aquela agonia de querer pagar todas as dívidas assim que receber o salário? Pare já com isso! Eu sei que os juros são assustadores, mas você precisa comer, morar e viver com dignidade, até para ter saúde mental para sair da espiral de endividamento. A meta aqui é se organizar para se livrar das dívidas, mas sem impactar no seu sustento para isso. Ninguém aqui vai se alimentar mal pra pagar o banco, certo? Então a ordem é: primeiro o sustento, depois os pequenos comerciantes e as dívidas com maiores juros. Se você está com a renda apertada, dificilmente a gente consegue ultrapassar essa etapa, mas é muito importante também guardar uma parte do que ganha, mesmo com dívidas, para ter uma reserva em caso de emergências. Se for possível para você, é o ideal!

Dica 5- Busque conhecimento
Apesar de ser um conhecimento que está se tornando cada vez mais acessível, lidar com as finanças não é uma habilidade natural, muito menos algo que é ensinado pra gente na escola, por isso precisamos desenvolver essa habilidade, assim como todas as outras. Na internet circulam muitas fórmulas e métodos de organização financeira que prometem soluções milagrosas e enriquecimento rápido, mas o que você precisa é acessar um conteúdo qualificado, feito por profissionais sérios, que lhe mostre as ferramentas corretas para lidar com o dinheiro.

Aqui na NoFront temos um super aulão online, onde a gente ensina ‘‘Como lidar melhor com as dívidas’’. Lá você aprende a:

  • Como quitar as dívidas de forma inteligente;
  • Como planejar e entender seus custos mensais;
  • Entender o que é necessário para começar a investir;
  • Conseguir fazer um planejamento para suas finanças;
    E muito mais.

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Gostou das dicas? Comenta aí embaixo se você vai colocar em prática!

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